Madrid sem pressa - Parte I


Dia 2 de abril, 2019.

Depois do stop over de dois dias em Lisboa, seguimos a Madrid para passarmos cinco dias na capital espanhola antes do nosso intercâmbio em Málaga. Chegamos ao aeroporto de Madrid Barajas por volta das 14 horas, onde o transfer estava nos aguardando. Ficamos hospedadas no Vincci Capitol, na Gran Via, a 50 metros da estação Callao de metrô. A localização não poderia ser melhor. Levar em consideração os pontos de transporte público próximos à hospedagem é essencial para garantir um bom deslocamento pela cidade. O hotel está no Edificio Capitol, construído em 1931, que é um cartão postal da Cidade de Madrid.

Edifício Capitol, no centro de Madrid

Após o check-in e a acomodação, saímos para almoçar. A recepcionista do hotel indicou um restaurante, mas não conseguimos localizá-lo. Então, nos “contentamos” com um restaurante italiano, o Restaurante Topolino (http://topolino.es/), pois macarrão à bolonhesa nunca tem erro. Era nosso primeiro dia em Madrid e ainda não estávamos familiarizadas com os pratos das “cartas”. 

Após o almoço/janta fomos caminhar pela fervilhante Gran Vía, admirando seus lindos prédios, lojas e a movimentação das pessoas.

A movimentação da Gran Vía e seus lindos prédios

Dia 3 de abril, 2019.

Começamos o dia no ônibus turístico Hop On Hop Off, que percorre a cidade em duas rotas. Compramos o ticket para dois dias na categoria “jubilada” (é assim que as pessoas com mais de 60 anos são chamadas). Escolhemos a Rota 1 para esse dia, que passa na parte histórica da cidade. A ideia era descermos próximo ao Palácio Real, pois naquele dia iria acontecer a troca da guarda do palácio, que ocorre sempre na primeira quarta-feira de cada mês. No entanto, as ruas próximas estavam interditadas e a multidão era considerável. Então, achamos que não valeria a pena descermos, já que ficaríamos muito longe de onde o evento iria acontecer. Porém, conseguimos acompanhar um pouco do movimento diretamente do primeiro andar do bus turístico.

Troca da guarda do Palácio Real, vista de cima.

Seguimos no ônibus de turismo até a parada do Museu del Prado, que estava com a fachada em reforma (não deu pra fotografar, né? rssrs). É interessante como ao redor do mundo, os pontos turísticos sempre estão cheios de artistas de rua com as mais variadas fantasias, prontos para chamar sua atenção e tentar serem dignos daquela moedinha na sua bolsa. Na calçada do Museu não foi diferente, e encomendei a um "cachorrinho" um alô para o Brasil.

Aproveitamos para tirar umas fotos no parque em volta, inclusive da Igreja de San Jeronimo “el real”. Nessa igreja foram celebrados os casamentos reais, o último dos quais de Juan Carlos I, atual rei espanhol.

Igreja de San Jeronimo, na região do Museu del Prado.

Do Museu del Prado, fomos caminhando pelo Paseo del Prado, passando pelo Palácio de Cibeles (na interseção das Calles de Alcalá com o Paseo de Recoletos) e pelo Edifício Metrópolis, localizado na esquina da Calle de Alcalá com a Gran Vía. Esses dois são os prédios mais bonito de Madrid, na minha modesta opinião. Alguns blogs indicam a terraça do Círculo de Belas-Artes, também nesse mesmo cruzamento, de onde se tem a vista mais bonita da cidade, inclusive do Metrópolis. No entanto, não fomos até lá.

Palácio de Cibeles, que é a estação central dos correios em Madrid

Edifício Metrópolis, no encontro entre a Calle de Alcalá com a Gran Vía

Na hora do almoço, estávamos próximas ao hotel e, então, fomos procurar o Restaurante El Labriego, aquele que tinha sido indicado no dia anterior pela recepcionista do hotel onde estávamos hospedadas. Foi uma busca que terminou de forma divertida. Depois de percorrermos, sem sucesso,  várias ruas próximas ao hotel, encontramos um garçom, no meio de uma dessas ruas, com uma placa de propaganda do tal restaurante que estávamos procurando. E lá fomos nós para o El Labriego, localizado na Calle Veneras. Sua especialidade é a comida mediterrânea. O ambiente é simples, mas a comida nos agradou e retornamos no dia seguinte para o jantar.

Após o almoço, seguimos até a Plaza de España, que fica bem no centro histórico de Madrid, onde há vários edifícios importantes e muitos monumentos que relatam períodos vividos durante a história e que mostram a cultura da cidade e do país, como a estátua dedicada a Miguel de Cervantes. De lá, fomos à Puerta del Sol admirar os monumentos, os artistas de rua e a movimentação das pessoas. Vale salientar que a praça estava lotada, em plena quarta-feira à tarde.

A Espanha tem o “quilômetro zero de las carreteras radiales” na calçada em frente à Real Casa de Correios na Puerta del Sol em Madrid. Claro que não poderia faltar uma foto marcando nossa passagem por lá.

O tradicional registro no marco 0 das carreteras radiales, estradas históricas do país.

Um monumento que nos chamou a atenção foi a estátua de "El Oso y el Madroño", que somente depois descobrimos ser o símbolo de Madrid. A estátua é uma obra realizada em bronze sobre um pedestal de pedra pelo escultor Antonio Navarro Santafé. Foi inaugurada em 1967, mede 4 metros de altura e pesa umas 20 toneladas. A ideia de construir este monumento foi promovida pela Câmara Municipal de Madrid. Sua intenção era que os símbolos da cidade tivessem uma representação mais visível. Embora nunca tenha saído da praça da Puerta del Sol, teve algumas mudanças de localização, mas a 10 anos retornou à sua posição original.

"El Oso y el Madroño", símbolo de Madrid que adorna a Puerta del Sol desde 1967

Outro monumento encontrado na praça é o de Carlos III, Rei da Espanha. Carlos III foi o Rei da Espanha de 1759 até sua morte, e também Rei de Nápoles como Carlos VII e da Sicília como Carlos V desde suas conquistas em 1734 até sua abdicação em 1759. Era o filho mais velho do rei Filipe V e de sua segunda esposa Isabel Farnésio (Wikipedia).

Estátua de Carlos III, rei da Espanha

Como dá pra perceber, Madrid é uma linda cidade. O que apresentamos aqui foi só um pouco do que vimos nesse dia de andanças. Reservamos o próximo post para os passeios que fizemos no dia seguinte ao Parque del Retiro e ao Palácio Real de Madrid.

Espero que gostem!

Matilde

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