Conhecendo as Ruínas de Tulum e o cenote Caracol

Um dos bate e voltas mais comuns para quem vai para Cancún/Playa del Carmen é a ida ao sítio arqueológico de Tulum, onde se encontram vestígios de uma antiga cidade maia. Esse é um dos passeios em que vale muito mais a pena sair de Playa del Carmen: a distância entre Playa e Tulum é de 65km, enquanto quem sai de Cancún percorre 130km para chegar até o local.

Assim como os demais, esse passeio também fechamos com a Travel Ahead. Como a visita ao sítio arqueológico geralmente acontece pela manhã, as agências oferecem outras combinações para o dia. Ficamos em dúvida entre fazer Tulum e Akumal (a praia das tartarugas na Riviera Maya) e Tulum, mergulho nos corais e cenote Caracol. Optamos pela visita ao cenote, por ser algo mais diferente do que costumamos ver por aqui no Brasil. Muitas agências oferecem também o dueto Tulum + Xel-Há, mas como já tínhamos ido ao Xcaret, preferimos não ir de novo a outro parque, embora as propostas dos dois sejam distintas.

El Castillo, edifício mais alto e mais importante, ainda de pé. No passado ele era um farol, que servia de orientação às navegações. Foto de julho/2018.

Como fomos com um tour, não nos preocupamos com a chegada ao sítio arqueológico. Se vc está por conta própria, pode pegar um ônibus intermunicipal da ADO até Tulum (consulte horários no site da ADO http://www.ado.com.mx/), e do centro pegar um táxi até a entrada do parque. Independente do meio de transporte, vc deve caminhar por cerca de 1km do estacionamento até a bilheteria do sítio. Quem não tiver comprado ingressos, existe uma bilheteria na entrada. Como estávamos com um guia, passamos direto pelo local. Outra informação importante: para quem leva máquina profissional ou GoPro, deve pagar uma taxa extra para entrada com esse tipo de equipamento na zona.

Tulum é uma palavra maia para barreira ou parede, o que faz sentido, já que a cidade está toda rodeada por uma muralha. Dentro da muralha as ruínas das edificações antigas estão espalhadas por todos os lados. A antiga cidade tinha cerca de cinquenta construções, entre edifícios governamentais, residenciais e religiosos. Não esqueça de levar com vc água (dentro do parque não existem pontos de venda), protetor solar, chapéu e use roupas bem frescas, pois lá dentro o calor não perdoa!


Algumas construções que ainda permanecem de pé no local

Para ter uma ideia de como as construções ficam espalhadas pelo espaço

Uma das coisas que fazem de Tulum um local tão especial é a proximidade das ruínas com a água azul turquesa do caribe mexicano. Vc também tem a opção de descer a partir do parque e tomar um banho para refrescar o calor que faz no sítio. O espaço não é tão grande, e o nosso guia fez algumas paradas para explicar os significados das antigas construções. A visita dura em média de 1h a 2h, e no final já estávamos ansiosos por sentar numa sombra e tomar uma água geladinha.

A praia que pode ser acessada através do sítio arqueológico. As algas estavam presentes na água em todos as praias que visitamos na península de Yucatán. 


A junção das ruínas com o mar do Caribe mexicano é surpreendente!

O tour parou na praia de Tulum, em um ponto um pouco mais afastado da zona arqueológica, onde pudemos fazer um mergulho com snorkel em uma barreira de corais, pouco afastada da orla. A guia da Ocean Tours, espanhola, era mergulhadora e deu várias dicas de como mergulhar melhor com o equipamento. Infelizmente, o recife de corais não era tão colorido, e não haviam tantas espécies por ali… Ainda assim, deu tempo de interagir com uma tartaruga marinha que passava por ali!

Só descemos com a GoPro do barco no finzinho do passeio! O encontro com os animais ficou na memória <3

A última parada do tour foi no Cenote Caracol, que não é apenas um cenote, mas conta com um espaço para refeições (preparadas ali e servidas em mesas comunitárias para os pequenos grupos que ficam por lá durante o dia), um cenote seco (caverna sayab) e o cenote caracol propriamente dito. Fica próximo à praia de Tulum, entrando uns 10 a 15 minutos por uma estrada de terra bem trepidante, que pode enjoar até o mais forte dos estômagos, especialmente depois de um mergulho nos corais.

No cenote seco, pudemos ver estalactites e estalagmites, formações milenares e tão características das atrações naturais dessa região. No caminho, os guias também falam um pouco sobre a cultura maia e a sua relação com os cenotes, que eram importantes fontes de água doce e, segundo alguns contam, até palco de alguns sacrifícios humanos (especialmente o Cenote Sagrado, que não visitamos).

 Entrada do cenote seco - a caverna Sayab

Durante o percurso, pudemos ver estalactites, estalagmites, morcegos, e iluminação por vezes natural e outras artificial.

O cenote Caracol, diferente do Azul que relatamos a uns posts atrás, já tem um aspecto de gruta, sendo quase totalmente coberto. A entrada é feita por uma escada de madeira que leva até uma plataforma, de onde podemos pular na água fria dali. Os coletes e máscaras de snorkeling estão incluídos no tour. As visitas a esse cenote são feitas em grupo e sempre acompanhadas por um guia. No local há iluminação artificial em alguns pontos, e geralmente os guias carregam lanternas para os locais em que a luz é mais precária. Fizemos uma visita no “salão principal” do espaço, mas nossa guia indicou, em alguns momentos, entradas para cavernas que só podem ser acessadas por mergulhadores profissionais.

Entrada no cenote Caracol, através de uma escadinha rudimentar de madeira

Visão interna do cenote, retirada do facebook do Parque Trintizia, onde o Cenote Caracol está localizado

Tivemos que submergir para não bater a cabeça nas estalactites para entrar em um espaço que mais parecia uma sala. Em períodos de chuva, por exemplo, não é possível acessar esses espaços somente com material de snorkeling, já que o nível da água sobe muito.

A foto não tá legal, mas dá pra ver a "salinha" que visitamos dentro do cenote. No fundo, nossa guia ilumina o espaço com lanternas. Confira nos nossos stories alguns vídeos que fizemos dentro do espaço!

Ela explicou também que os cenotes mexicanos fazem parte de uma única rede de rios subterrâneos, sendo a parte que fica mais próxima do nível do mar e onde o material calcário se deteriorou que conhecemos como cenotes e que são explorados pelo turismo na região. O que determina se um cenote será aberto ou fechado, é o tempo em que as rochas calcárias sofreram erosão acima dos poços de água. Os que são totalmente abertos, portanto, são mais antigos que os fechados, como o Caracol.

Ao final da visita ao cenote, você pode se trocar em um dos vestiários do local, para não precisar fazer todo o caminho de volta molhado em uma van com ar condicionado. Diferente do dia no Xcaret, quando chegamos na pousada já passando das 23h, deu tempo de chegar, tomar um banho e dar uma última volta na Quinta Avenida de Playa del Carmen, nossa noite de despedida nessa praia que tanto gostamos! Aproveitamos para comer uma pizza, tomar um sorvete e ostentar o bronze errado de um dia inteiro de sol em sítios arqueológicos, recifes de corais e um cenote/gruta.

Cheers! O escolhido da noite foi o Ambasciatta d'Italia, na esquina da 5ª Avenida com a Calle 24.

Assim nos despedimos de Playa del Carmen já com vontade de voltar logo, logo! Nos próximos posts contamos como foi chegar em Cancún por conta própria, a partir de Playa.

Bora?

Maíra

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