Sevilha: O coração da Andaluzia
Depois do intercâmbio em Málaga e da maratona em Lisboa, nos encontramos (Matilde, Maíra, Lucas e Tereza) na cidade de Sevilha, capital da Andaluzia, região espanhola que apresentamos no primeiro post sobre Málaga.
O Viaje na Viagem tem a melhor definição da cidade:
E é bem isso mesmo. Por onde andamos na cidade, sentimos estar respirando aquela cultura espanhola "da gema". O seu centro histórico é interessantíssimo, com algumas de suas ruelas sendo exclusivas para pedestres, o que pode dificultar chegar com as malas em alguns hotéis por ali. Pensando nisso, procuramos reservar um hotel que estivesse próximo do centro histórico, mas que facilitasse a chegada e a saída com as malas. O escolhido foi o hotel Alcázar, na Av. Menendez de Pelayo. Para chegar ao centro histórico, bastava cruzar a avenida e estávamos nos Jardínes de Murillo, que marcam a entrada para o bairro de Santa Cruz, no casco antiguo (centro).
Em Sevilha, aproveite para provar paellas, sangrias e não deixe de assistir uma apresentação de flamenco, seja nos tablados, em restaurantes ou no meio da rua. Existem apresentações mais turísticas e outras mais raiz, mas falaremos um pouco mais delas depois.
Para desbravar a cidade, recomendamos 3 dias inteiros. No centro histórico, você consegue fazer a maioria dos programas a pé, ótima maneira de sentir a cidade. Caso necessário, o Uber funciona bem, e por lá descobrimos o aplicativo My Taxi (usamos em quase todas as cidades que percorremos), que dá uma previsão de valor da corrida, usando os próprios táxis cadastrados da cidade.
Começamos o nosso primeiro dia na cidade conhecendo a Plaza de España, localizada no Parque Maria Luísa. Segundo a história, a praça tem uma forma de semicírculo, que simboliza o abraço da Espanha aos seus territórios. Construída no início do século XX para abrigar a Exposição Iberoamericana de 1929, atualmente a praça é ocupada principalmente por prédios do Governo. Ao longo da praça, azulejos representam os territórios espanhóis. Quando fomos, os mais disputados para as fotos eram os de Madrid e Barcelona. Repleta de turistas o tempo todo (especialmente naquele dia, já que estávamos no início da Semana Santa, período de alta estação na cidade), com apresentações de flamenco por artistas de rua e muito espaço para caminhar e observar como ponto de partida a influência moura tão presente na Andaluzia.
Depois de caminhar pela praça, uma das opções turísticas é fazer um passeio de carruagem pelo centro histórico. Combinamos um preço de €40 para os 4 e, no caminho, o nosso guia foi explicando um pouco da dinâmica da cidade. A Plaza de Espanha está bem próxima do Bairro Santa Cruz e a uma caminhada de mais ou menos 1km até a Puerta de Jeréz, próxima ao famoso Hotel Alfonso XIII, e um bom ponto de entrada para conhecer os entornos da Catedral de Sevilha e do Real Alcázar. Aproveitamos que no entorno da Puerta de Jeréz existem várias opções de restaurantes e aproveitamos para almoçar por ali.
A ideia era que, depois do almoço, visitássemos a Catedral de Sevilha e a Torre Giralda, mas com as alterações de horário devido às festividades da Semana Santa, naquele dia a Igreja fechava às 14h, horário que chegamos à bilheteria. Aproveitamos para circular pelo Centro, que já se preparava para as procissões da noite.
Dentro do bairro Santa Cruz, encontra-se também a Judería, o bairro judeu que começou por ser uma zona de separação que separava a comunidade judia do resto da cidade, com a construção de vários muros durante os tempos medievais. Depois da retomada do controle Cristão sobre Sevilha, foi permitido que os judeus ali vivessem. Se estiver na catedral como nós estávamos, acesse o bairro judeu a partir da calle Mateos Gago e perca-se pelas ruelas. Acredite, em algum momento você encontrará alguma lógica no labirinto. Não deixe de passar pela Calle Água e pela Plaza Santa Cruz, que já ficam ao lado dos Jardínes de Murillo.
Aproveitamos que já estávamos próximos do hotel e demos uma parada estratégica antes de continuar as andanças do dia. Pegamos um uber para o Metropol Parasol, mais conhecido como Setas (cogumelos) de Sevilha. Chegar lá de carro não foi muito fácil, já que muitas ruas do centro já estavam sendo fechadas para as procissões. Por sorte, os horários do site do Metropol estavam mantidos (você pode conferir aqui), e a entrada custa €3 por pessoa (abril/2019). O monumento é a maior estrutura de madeira do mundo, localizado na Plaza de la Encarnación, e uma excelente escolha para um fim de tarde, tendo vistas privilegiadas da cidade.
Quando saímos das Setas, as ruas já estavam todas fechadas para carros, e fomos serpenteando pelas ruelas do centro em busca da Catedral, de onde veríamos algumas procissões e procuraríamos um local para comer.
Já nas proximidades da Catedral, ficamos "presos", já que as ruas do entorno já tinham procissões passando. A sorte é que estávamos bem próximos de um bar de tapas, o Manolete, onde pudemos comer o típico gazpacho (uma sopa fria com base em hortaliças, com destaque para o tomate) e tomar uma boa copa de vinho. Às 22h, as procissões encerraram a puder voltar a pé para o nosso hotel. A rua ainda estava tomada de pessoas, que retornavam às suas casas e hospedagens depois das festividades.
No próximo post, continuaremos nossas andanças em Sevilha! Até lá!
Maíra
O Viaje na Viagem tem a melhor definição da cidade:
Sevilha é a capital não-oficial daquela Espanha que você tem na cabeça. A Espanha do flamenco, das touradas, das tapas...
Já viu essa praça em alguma foto por aí? Certamente sim! A famosa e imponente Plaza de España fica em Sevilha
Em Sevilha, aproveite para provar paellas, sangrias e não deixe de assistir uma apresentação de flamenco, seja nos tablados, em restaurantes ou no meio da rua. Existem apresentações mais turísticas e outras mais raiz, mas falaremos um pouco mais delas depois.
Para desbravar a cidade, recomendamos 3 dias inteiros. No centro histórico, você consegue fazer a maioria dos programas a pé, ótima maneira de sentir a cidade. Caso necessário, o Uber funciona bem, e por lá descobrimos o aplicativo My Taxi (usamos em quase todas as cidades que percorremos), que dá uma previsão de valor da corrida, usando os próprios táxis cadastrados da cidade.
Começamos o nosso primeiro dia na cidade conhecendo a Plaza de España, localizada no Parque Maria Luísa. Segundo a história, a praça tem uma forma de semicírculo, que simboliza o abraço da Espanha aos seus territórios. Construída no início do século XX para abrigar a Exposição Iberoamericana de 1929, atualmente a praça é ocupada principalmente por prédios do Governo. Ao longo da praça, azulejos representam os territórios espanhóis. Quando fomos, os mais disputados para as fotos eram os de Madrid e Barcelona. Repleta de turistas o tempo todo (especialmente naquele dia, já que estávamos no início da Semana Santa, período de alta estação na cidade), com apresentações de flamenco por artistas de rua e muito espaço para caminhar e observar como ponto de partida a influência moura tão presente na Andaluzia.
Na chegada à praça, a riqueza do guarda-corpo até nos azulejos!
Detalhes da fachada do prédio principal. No seu térreo, acontecem algumas apresentações de artistas de rua
A vista de cima de um dos prédios com acesso livre da praça. Dá pra ter uma ideia do tamanho pela proporção das pessoas na foto.
Detalhe de uma das paredes dos espaços em azulejos coloniais para cada um dos territórios espanhóis, distribuídos ao longo da praça
Depois de caminhar pela praça, uma das opções turísticas é fazer um passeio de carruagem pelo centro histórico. Combinamos um preço de €40 para os 4 e, no caminho, o nosso guia foi explicando um pouco da dinâmica da cidade. A Plaza de Espanha está bem próxima do Bairro Santa Cruz e a uma caminhada de mais ou menos 1km até a Puerta de Jeréz, próxima ao famoso Hotel Alfonso XIII, e um bom ponto de entrada para conhecer os entornos da Catedral de Sevilha e do Real Alcázar. Aproveitamos que no entorno da Puerta de Jeréz existem várias opções de restaurantes e aproveitamos para almoçar por ali.
A ideia era que, depois do almoço, visitássemos a Catedral de Sevilha e a Torre Giralda, mas com as alterações de horário devido às festividades da Semana Santa, naquele dia a Igreja fechava às 14h, horário que chegamos à bilheteria. Aproveitamos para circular pelo Centro, que já se preparava para as procissões da noite.
Dentro do bairro Santa Cruz, encontra-se também a Judería, o bairro judeu que começou por ser uma zona de separação que separava a comunidade judia do resto da cidade, com a construção de vários muros durante os tempos medievais. Depois da retomada do controle Cristão sobre Sevilha, foi permitido que os judeus ali vivessem. Se estiver na catedral como nós estávamos, acesse o bairro judeu a partir da calle Mateos Gago e perca-se pelas ruelas. Acredite, em algum momento você encontrará alguma lógica no labirinto. Não deixe de passar pela Calle Água e pela Plaza Santa Cruz, que já ficam ao lado dos Jardínes de Murillo.
Na calle Mateos Gago. À direita, já começam as ruas da Judería
Embora seja um bairro judeu, está muito presente nas fachadas a influência moura
Mais detalhes das fachadas do bairro
Aproveitamos que já estávamos próximos do hotel e demos uma parada estratégica antes de continuar as andanças do dia. Pegamos um uber para o Metropol Parasol, mais conhecido como Setas (cogumelos) de Sevilha. Chegar lá de carro não foi muito fácil, já que muitas ruas do centro já estavam sendo fechadas para as procissões. Por sorte, os horários do site do Metropol estavam mantidos (você pode conferir aqui), e a entrada custa €3 por pessoa (abril/2019). O monumento é a maior estrutura de madeira do mundo, localizado na Plaza de la Encarnación, e uma excelente escolha para um fim de tarde, tendo vistas privilegiadas da cidade.
De cima do monumento, uma vista privilegiada em 360º da cidade
Do seu exterior, as formas fluidas do maior monumento do mundo
Quando saímos das Setas, as ruas já estavam todas fechadas para carros, e fomos serpenteando pelas ruelas do centro em busca da Catedral, de onde veríamos algumas procissões e procuraríamos um local para comer.
Na saída da Plaza de la Encarnación
Já nas proximidades da Catedral, ficamos "presos", já que as ruas do entorno já tinham procissões passando. A sorte é que estávamos bem próximos de um bar de tapas, o Manolete, onde pudemos comer o típico gazpacho (uma sopa fria com base em hortaliças, com destaque para o tomate) e tomar uma boa copa de vinho. Às 22h, as procissões encerraram a puder voltar a pé para o nosso hotel. A rua ainda estava tomada de pessoas, que retornavam às suas casas e hospedagens depois das festividades.
Gazpacho! A sopa fria que é mais gostosa do que parece
No próximo post, continuaremos nossas andanças em Sevilha! Até lá!
Maíra
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